Arséne Wenger é perito em fazer do pouco...muito. No fim dos anos 90 construiu grandes equipas com jogadores até então desconhecidos vindos de França como Vieira, Pires ou Petit; com jogadores desaproveitados em Itália como Henry, Bergkamp ou Kanu, com jogadores a quem deu o estrelato como Freddy Ljungberg e, com alguns históricos ingleses como Adams e Wright fazendo uma mistura perfeita.Depois com o Manchester de Ronaldo e o Chelsea de Mourinho interrompeu-se o domínio.
Este ano promete porém voltar um grande Arsenal. Na baliza, após Lehman, há Almunia, um talentoso espanhol; na defesa os desconhecidos, até aterrarem nas mãos de Wenger, Sagna e Clichy são dois laterais de nível superior e, no centro o francês Gallas, com grande cartel em Inglaterra e o belga Vermaelen são um dupla de ferro. Sobram ainda o experiente Silvestre (Inter, Manchester United) e o promissor lateral Gibbs.
No meio campo o Arsenal tem a sua riqueza. Médios defensivos há o talentoso brasileiro Denilson e o possante francês Diaby. Alexandre Song é outa estrela africana que pode jogar a 6. Matuidi do St. Étienne está próximo. Para organizar jogo ao fantástico Cesc Fabregas que Wenger contratou ao Barcelona quando o jovem catalão tinha apenas 16 anos. Rosicky está lesionado mas, é outro craque de categoria mundial. Para descair sobre as alas há Eboué, um marfinense vindo de uma equipa de meio da tabela belga, Nasri, outro craque francês. Há britânicos. Walcott, começou a jogar pelo Southampthon aos 16 anos. Ramsey e Wilshere são das escolas do clube e aparecem agora com grande força.
No ataque há Van Persie, o farol atacante, rápido e com remate fácil é um segundo avançado ou extremo esquerdo. Há o mexido brasileiro/croata Edurado. Há o jovem dinamarquês Bendtner. Há o ainda mais jovem mexicano Vela e, desde Janeiro há a estrela russa Arshavin.
Dos 27 homens que Wenger treina apenas 3 são ingleses, tantos como os espanhóis. Franceses são 7. Os outros 14 são de 14 países diferentes, do País de Gales aos Camarões, passando pela Polónia.
Futebol global deste grande novo, em vários sentidos, Arsenal. Para já eliminou o Celtic da Liga dos Campeões com um total de 6-1 e, em dois jogos da Premier venceu duas vezes e, marcou 10 golos.